Esta canção tateia a tarde clara
buscando a minha voz que é sua fonte.
Assim voltam os pássaros ao campo,
assim volta o horizonte ao horizonte.
Sou doido que canta para si,
cônscio de não saber nem do que inventa;
recriando o criado, ele sorri,
ciente de que não faz nem acrescenta.
Tudo já foi, apenas se repete;
este lugar de amor será pregresso
quando for dor a dor que se promete.
Chegou-me agora o que já foi futuro;
assim Deus me prepara o teu regresso
como se planta um poema manuscrito.
Esta foi, de todas, a que mais gostei... já tentei dizer isso e não consegui postar o comentário: apesar da existência ser um eterno vir-a-ser,(e isto é um lugar comum), suas belas palavras levam a, criativamente, refletir sobre isso.
ResponderExcluirJá conheço bastante coisa da obra de Renata Pallottini.A gente se enamora fácil de suas coisas. A escrita é precisa, nada sobra ou falta, e as mensagens são amplas,de janelas abertas a qualquer um. Precisamos fazer com que mais pessoas conheçam Renata, que até no nome é exata. Gosto imensamente da parte de sua obra que conheço, principiando pelos primeiros livros, de 1962, parece. josé roberto de oliveira/bh
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