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Nascida em São Paulo, em 20 de janeiro de 1931, cursou Direito, Filosofia e Dramaturgia. Escreveu e produziu trabalhos para teatro e televisão, entre os quais Vila Sésamo, Malu Mulher e Joana. Publicou livros de poesia, prosa, teatro e ensaios. Foi professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo, além de ministrar cursos de dramaturgia no Brasil e no exterior. Desde 1988 faz parte do corpo docente da Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, publicada em Paris, em 1998, e que reuniu quatro séculos de literatura brasileira. No mesmo ano, integrou o júri do Prêmio "Casa de las Américas", em Cuba. Vive em São Paulo e às vezes em Atibaia.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Retificando...ou melhor, completando

Retificando, ou melhor, completando...


...o meu poema "POESIA NÃO VENDE", fruto de um momento de pessimismo, aqui vai:


                                POESIA NÃO VENDE (2)


       É fácil rir
       fácil rolar na areia
       fácil menear o rabo
       para que os outros vejam

       fácil sempre esperar o fim do mês

       fácil ter dado a vida por engano?

       Escrever como sempre
       dia a dia
       rompendo o coração, rompendo o véu
      
       e não possuir nem mesmo
        ao fim de tudo
       algum futuro
       e um quiosque de pastel...

      ... no entanto sou feliz.
      Não queria ter feito nenhuma outra coisa.
      Não quero outra mulher
      senão a que nasceu da poesia.
      Não quero outra cidade
      que não seja imperfeita
      nem praias nem montanhas
      nem tamanhos
      os ganhos ,

     só ver ao fim de tudo
     o quiosque de pastel
     que dará de comer
     ao meu noia barbudo...

2 comentários:

  1. Lindo poema, Renata! Coincidentemente esta semana assisti a um documentário sobre o Paulo Leminski em que ele diz: "A poesia é uma espécie de heroísmo. Você continuar, ao longo dos anos, acreditando nessa coisa inútil que é a pura beleza da linguagem, que é a poesia, é um heroísmo, porque a poesia não vai te fazer rico de jeito nenhum. É muito mais lucrativo você abrir uma banquinha e vender banana do que fazer poesia"

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  2. Poesia-milagre... Nunca vende, mas alimenta a alma. Que sempre seja assim.

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