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Nascida em São Paulo, em 20 de janeiro de 1931, cursou Direito, Filosofia e Dramaturgia. Escreveu e produziu trabalhos para teatro e televisão, entre os quais Vila Sésamo, Malu Mulher e Joana. Publicou livros de poesia, prosa, teatro e ensaios. Foi professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo, além de ministrar cursos de dramaturgia no Brasil e no exterior. Desde 1988 faz parte do corpo docente da Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, publicada em Paris, em 1998, e que reuniu quatro séculos de literatura brasileira. No mesmo ano, integrou o júri do Prêmio "Casa de las Américas", em Cuba. Vive em São Paulo e às vezes em Atibaia.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

desculpem, mas...

desculpem, mas ...


...é difícil fugir ao sentimento... será isso inveja, despeito... ou simplesmente uma superavaliação do meu próprio lugar no mundo... qual será o meu lugar no mundo da Literatura, haverá um lugar para mim nesse mundo? Tenho 82 anos, mais de vinte livros publicados, vários bons prêmios recebidos , muitas e várias críticas elogiosas...quais serão os livros escolhidos para figurar nas gôndolas de livrarias, quais serão os originais escolhidos para publicação pela editoras, quais serão os critérios para a seleção entre 70 escritores convidados para a Feira de Frankfurt? Volto a perguntar: será isso inveja, despeito? Por quem são escolhidos os escritores que figuram nas primeiras páginas dos jornais diários ? Quem lê os chamados "best sellers"? O que é um best seller? Como se faz um best seller?

Tenho também vergonha de estar escrevendo estas palavras, mais dignas de um consultório de terapeuta do que de um blog. Mas o blog é meu, possivelmente, ou  com certeza, um dos poucos espaços que posso considerar meu.

Seguramente ,muitos  poetas, jovens ou nem tanto, sentem o mesmo que eu mas não o confessam,  por pudor, por medo de serem menosprezados. O bom cabrito não berra, dizem. Mas, se berrar, penso eu, morrerá da mesma maneira. Só que morrerá protestando. É isso. PROTESTANDO. É o mínimo que se pode fazer.

2 comentários:

  1. Renata li seu blog, e fico pensando o que que há conosco, aqui no mundo ocidental... será a bendita da fé cristã que nos impede de lutar por causa própria, de considerar "feio" dizer que temos valor e que ele não está sendo reconhecido? desculpe o desabafo, mas achei assim meio "magrinho", meio "subnutrido' seu protesto...ih! tô com medo que você fique brava comigo... não consegui me segurar, mas tenho certeza que se fosse para defender o direito de um outro qualquer (contanto que você achasse justo), poria a boca no mundo com mais energia; bom, chega de te dizer que modéstia não leva a nada...

    Achei que o texto, em si, está bom, (considerando tudo que escrevi antes, parece contraditório), e me deu, na hora, vontade de sugerir que se aliasse ou ao menos mencionasse outro que, com uma atitude mais "agressiva", chamou a atenção que fez a d. Marta dizer que ele não foi claro (sei que o QI dela é alto, então não vale pensar que é limitação.... deve ser outra coisa) - parece que se faz necessário somar esforços... mas é isso, aí, berra mais alto, tá?

    Yara

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  2. Querida Renata você é uma mulher extraordinária, tive o prazer se assistir a uma entrevista sua para o programa com Antonio Abujamra sobre o que é a vida, me encantei, espero um dia ter a honra de conhecê la por enquanto. bom dia.

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