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Nascida em São Paulo, em 20 de janeiro de 1931, cursou Direito, Filosofia e Dramaturgia. Escreveu e produziu trabalhos para teatro e televisão, entre os quais Vila Sésamo, Malu Mulher e Joana. Publicou livros de poesia, prosa, teatro e ensaios. Foi professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo, além de ministrar cursos de dramaturgia no Brasil e no exterior. Desde 1988 faz parte do corpo docente da Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, publicada em Paris, em 1998, e que reuniu quatro séculos de literatura brasileira. No mesmo ano, integrou o júri do Prêmio "Casa de las Américas", em Cuba. Vive em São Paulo e às vezes em Atibaia.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

HÉCUBA- TEATRO VIVO

Gabriel Villela de novo se arrisca  em equilibrismo, sem  rede de proteção. Uma tragédia grega não é fácil  em nenhum aspecto,  e ele aceita o desafio. Conta com um belo grupo de técnicos e artistas que o auxiliam na difícil tarefa de conceber e executar máscaras, cenário, figurinos, adereços, luzes e, principalmente, música e cantores. Por último, e não menos importante, com uma esplêndida atriz, Walderez de Barros , para o papel título. 
O resultado é um espetáculo de grande beleza, cheio de técnica e de demonstrações de habilidade em movimentos, sons, cenografia. Mas lhe falta sensibilidade, emoção, sentido. A tragédia não transparece, e uma tragédia é uma tragédia, e as gregas são as únicas que merecem esse nome. Não empatizamos com a grande sacrificada, a Rainha que se torna escrava e, por isso, não existe a catarse, a grande descarga emocional que nos purifica e pacifica.
Gabriel Villela é um dos  maiores diretores brasileiros; não nega fogo, não foge ao perigo. Só por isso devemos respeitá-lo e apostar nele.

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