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Nascida em São Paulo, em 20 de janeiro de 1931, cursou Direito, Filosofia e Dramaturgia. Escreveu e produziu trabalhos para teatro e televisão, entre os quais Vila Sésamo, Malu Mulher e Joana. Publicou livros de poesia, prosa, teatro e ensaios. Foi professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo, além de ministrar cursos de dramaturgia no Brasil e no exterior. Desde 1988 faz parte do corpo docente da Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, publicada em Paris, em 1998, e que reuniu quatro séculos de literatura brasileira. No mesmo ano, integrou o júri do Prêmio "Casa de las Américas", em Cuba. Vive em São Paulo e às vezes em Atibaia.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O BRADO RETUMBANTE

O que vale é que a TV ainda me surpreende; aparte os BBBs e outras lixeiras, encontramos de repente um trabalho respeitável como esse de Euclides Marinho e seus colaboradores : roteiristas auxiliares, diretores, técnicos, atores - todos impecáveis. Euclides teve a coragem de escolher um tema espinhoso, dificil e delicado. Enfrentou-o comno se deve, lança um ator sugestivo (Domingos Montagner), vale-se de outros pouco conhecidos, entre veteranos respeitáveis e, principalmente, escreve um texto que nos anima a  suportar o horário incômodo. Fala do que seria a vida política do Brasil se fosse liderada por um grupo de seres humanos e de brasileiros que se respeitassem com  um mínimo de dignidade e honradez. No que tange à criação dramática, não cai na armadilha fácil de criar um protagonista que fosse um anjo ; o personagem Paulo Ventura é intimamente conflituado, tem defeitos graves e fraquezas naturais. Trapaças e  falcatruas são deslindadas, num esforço didático de por o espectador a par dos subterrâneos dos nossos vaticanos. Parabéns aos realizadores e um  desejo enfático de que iniciativas do gênero voltem a aparecer na nossa televisão. E - por que não ? - parabéns também  à TV Globo, que não amorteceu nem adoçou essa produção.

Um comentário:

  1. Deduzi que o Benedito Ernesto tem identidade e alma próprios,não é? gostei muito dos "pequenos" poemas - que venha mais!
    Yara

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